Olhando para o lado não se enxergou no outro.
Olhando para si percebeu que, um dia, se perdeu.
Sem infância, sem adolescência, mesmo que criado socialmente.
Perdeu o tempo, mas a culpa não foi sua.
Sempre um passo à frente, ao mesmo tempo, talvez, sempre um passo atrás.
Cresceu muito rápido esse rapaz, cresceu perdido, ao mesmo tempo achado.
Se achou em uma mentalidade que não queria que fosse a sua.
Deu adeus a sua eterna criança.
Hoje, só sabe brincar com o tempo e com as palavras.
Fala de sexo sem pudores, fala de amor sem remorso.
A ferida abriu-se ao nascer.
Ele apenas é fruto de um tempo que perdeu, e não volta.
Então agora ele vive o tempo perdido, com um copo de cerveja, um cigarro e muita música.
Para Maíne
segunda-feira, 8 de abril de 2013
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