terça-feira, 31 de julho de 2012

Grande como uma minhoca

As pessoas grandes não veem.
As pessoas grandes não ouvem.
As pessoas grandes não sentem.
As pessoas grandes não pensam.
As pessoas grandes não falam.
As pessoas grandes não tem perspectivas.
As pessoas grandes falam de mim.
Com o intuito de me fazerem iguais a elas.

terça-feira, 24 de julho de 2012

OUT

Eu não quero saber o seu nome, nem o seu endereço, ou seu telefone. De que me importa quem são seus pais ou o que eles fazem? De que me importa se você é MPB, rock'n roll , ou reggae ? Tanto faz se você é soprano ou contralto, ou porra nenhuma! De que me importa se seu olhar é expressivo ou in-expressivo? De que me importa saber quem é você? Não sei nem quem sou eu.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

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Maurício de Almeida com suas palavras escritas e mesmo assim ensurdecedoras.
A leitura é uma prisão.
Drummond.
Erasmo.
Maurício de Almeida.
Se constrói um personagem único, com mesmo rosto e jeito, apenas com roupas diferentes para histórias diferentes.
A imaginação é uma prisão.
A leitura é uma prisão.
Seus olhos correm no papel ensurdecedor de Le Goff e Quintana.
Fuga de seus mundos.
A leitura é uma prisão.
Imagens.
De um lado livros, do outro o incenso, que ecoa o cheiro de droga dentro de quatro paredes.
Não é infelicidade.É prisão.
Do outro lado, mais próximo, os equipamentos eletrônicos gritam por uso, mas são esquecidos pouco a pouco.
É a busca pela leitura contínua, Saint- Exupéry, Machado de Assis, Kafka.
236 páginas em um dia.
Sempre mais.
A leitura é uma prisão.
As cores da vida são anestésicas.
Fuga.
O carro cinza, o quadro branco, a camisa bege, o livro multicolor.
Marsílio de Pádua no século XII e eu no século XXI.
A leitura é uma prisão.
Os sons se perdem.
A melodia da 96fm, Zeca Baleiro e sua voz baixa e irônica. Prefiro o som das páginas rodando e girando e sofrendo.
A leitura é uma prisão.
Não acabou. 
Ela me prendeu no mundo que sempre desejei, me achando no todo e me perdendo de tudo.
A vida é uma prisão.
Me libertei com um ponto final.

domingo, 1 de julho de 2012

|O_

Há tempos já não se espera nada.
Nada de vírgulas.
Nada de pontos.
Nada de exclamações ou interrogações.
Na verdade não se espera nada.
Nada de verdades.
Nada de contestações.
Nada de nada.
!Perdi tempo!
Vou nadar.

 Na perda de si, o eu interior morre como uma lagarta! Mas afinal, tal qual a lagarta, nada se perdeu!  Tudo desabrochou!  Agora, coragem pa...