segunda-feira, 23 de julho de 2012

.

Maurício de Almeida com suas palavras escritas e mesmo assim ensurdecedoras.
A leitura é uma prisão.
Drummond.
Erasmo.
Maurício de Almeida.
Se constrói um personagem único, com mesmo rosto e jeito, apenas com roupas diferentes para histórias diferentes.
A imaginação é uma prisão.
A leitura é uma prisão.
Seus olhos correm no papel ensurdecedor de Le Goff e Quintana.
Fuga de seus mundos.
A leitura é uma prisão.
Imagens.
De um lado livros, do outro o incenso, que ecoa o cheiro de droga dentro de quatro paredes.
Não é infelicidade.É prisão.
Do outro lado, mais próximo, os equipamentos eletrônicos gritam por uso, mas são esquecidos pouco a pouco.
É a busca pela leitura contínua, Saint- Exupéry, Machado de Assis, Kafka.
236 páginas em um dia.
Sempre mais.
A leitura é uma prisão.
As cores da vida são anestésicas.
Fuga.
O carro cinza, o quadro branco, a camisa bege, o livro multicolor.
Marsílio de Pádua no século XII e eu no século XXI.
A leitura é uma prisão.
Os sons se perdem.
A melodia da 96fm, Zeca Baleiro e sua voz baixa e irônica. Prefiro o som das páginas rodando e girando e sofrendo.
A leitura é uma prisão.
Não acabou. 
Ela me prendeu no mundo que sempre desejei, me achando no todo e me perdendo de tudo.
A vida é uma prisão.
Me libertei com um ponto final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 Na perda de si, o eu interior morre como uma lagarta! Mas afinal, tal qual a lagarta, nada se perdeu!  Tudo desabrochou!  Agora, coragem pa...